Escrito por Jamê Nobre
O que determina nossa ação e a torna eficiente é a consciência de quem somos. Se não temos clareza de quem somos, certamente não teremos clareza de nosso papel.
Os consultórios dos profissionais ligados aos problemas da mente e da alma estão cheio de pessoas que não sabem quem são e entram em frustração e são fortes candidatos à depressão.
Vale dizer que a nossa identidade somente a encontramos em Deus.
Hebreus 2:1 – “Portanto convêm-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas”. Outra tradução “nos apeguemos com mais firmeza, às verdades que temos ouvido para que jamais nos desviemos delas”.
O escritor aos Hebreus, que não sabemos se foi Apolo, Paulo ou Lucas, usa aqui uma expressão náutica.
Ele fala que precisamos atentar para as coisas que temos ouvido para que não andemos à deriva.
Derivar é um termo náutico e significa “andar à vontade do vento”, numa hora vai para uma direção, outra hora, vai para outra.
Aqui cabe uma pergunta.
Como é que você se sente na sua vida espiritual?
Você sente que tem um alvo muito claro que está perseguindo, que ao levantar-se de manhã, na maior parte dos seus dias você diz “eu tenho esse alvo em minha vida e o estou perseguindo”.
Gostaria que lá dentro, no seu coração, você respondesse sinceramente e não deixasse esta pergunta sem resposta.
Você tem um rumo na sua vida espiritual?
Esses dias eu estava estudando esse assunto de alvo, de rumos, e fiquei muito impressionado porque isso é um assunto muito claro na Bíblia, é muito marcante para nós.
O povo no deserto tinha um alvo, um rumo. Deus foi muito prático com esse povo, mandando uma coluna de fogo e nuvem indicando rumo. Às vezes quando olhamos para o povo de Deus no deserto com aproximadamente 6 milhões de pessoas e perguntamos: Como é que esse povo caminhava no deserto?
Pensamos num enorme rebanho que ora ia para um lado, ora ia para outro.
Quero dizer que a caminhada do povo pelo deserto era algo muito bem organizado. Se lermos o livro do Números, perceberemos com que detalhes Deus guiava aquele povo. Arão cuidava do culto. Moises cuidava do governo. Os serviços eram divididos da seguinte forma:
COATITAS – carregavam os utensílios do culto e a Arca depois que estes fossem devidamente acondicionados e embrulhados por Eleazar, filho Arão.
MERARITAS – encarregados das tábuas, varais, colunas bases estacas e cordas.
GERSONITAS – encarregados de levar as cortinas, a tenda da congregação, a coberta de peles de animais e o reposteiro da porta da porta da tenda da congregação.
Tinha ainda alguém do lado de Moisés que tocava uma trombeta.
Quando a trombeta era tocada, três tribos que acampavam de um lado do tabernáculo se levantavam e saiam. Logo após, a trombeta tocava de novo e o grupo que levava os objetos do interior do tabernáculo saía. Depois, ao novo toque da trombeta saía mais um grupo de três tribos e a seguir saiam os que levavam as cortinas e as tábuas. Depois ao novo toque da trombeta saia novo grupo de três tribos, até que todas as tribos tivessem saído.
Era tudo muito bem organizado, não existiam mães perdendo seus filhos.
Quando chegavam ao próximo lugar, chegava o primeiro grupo de três tribos acompanhados dos que levavam as partes externas do tabernáculo, de forma que quando os gersonitas chegavam com as partes interiores do tabernáculo, o exterior do tabernáculo já estava pronto.
Tudo muito bem organizado. O povo tinha alvo, tinha rumo.
Eu me preocupo com o fato de não termos alvos claros e definidos em nossas vidas.
Levantamo-nos pela manhã, vamos ao trabalho, voltamos para casa para dormir ou para a escola e a nossa vida é mais ou menos parecida com a vida de um mundano. Quantas vezes ouvimos palavras assim “não ameis este mundo”, “não andeis no curso deste mundo”!
No fundo, no fundo, a grande diferença entre nós e as pessoas do mundo se resume ao lugar que frequentamos nos finais de semana.
Moisés pediu a Deus “Senhor anda conosco”, pois é o fato de Deus andar conosco que nos faz um povo diferente, e Deus não anda sem rumo, consequentemente quem anda com Deus não pode andar sem rumo ou alvo.
É por causa da falta de alvos que nos envolvemos com as coisas desta vida e nos perdemos.
Não estou falando nem de pecados e sim de coisas lógicas, normais, licitas, naturais e permitidas. Pois o que nos atrapalha não é o pecado e sim uma porção de coisas certas. Pois com o pecado não nos envolvemos mais. Porém nos envolvemos com coisas desta vida, lícitas, normais e naturais.
Deixe-me falar como pastor. Às vezes as pessoas não participam de determinados eventos da igreja e sempre tem respostas totalmente lógicas para explicar sua ausência e não podemos fazer nada pois suas razões são completamente lícitas e não havia nenhum pecado envolvendo sua ausência.
O que nos atrapalha são exatamente as coisas lícitas.
O livro aos Hebreus é caracterizado por um chamamento de uma vida boa para uma vida melhor. É o livro da excelência. É o convite para a excelência. A vida cristã é baseada nessa proposta de se sair do bom para o excelente. Esse é o convite do Senhor para nós.
Mas, só dá para caminhar na proposta de Deus se tivermos um alvo. Você só pode lutar por alguma coisa se você entender que aquele alvo vale seus esforços, ou seja, a troca das coisas puras e boas pelo alvo proposto.
Quero ler Isaias 49 com vocês.
49:1 Ouvi-me, ilhas, e escutai vós, povos de longe: O SENHOR me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe fez menção do meu nome. 2 E fez a minha boca como uma espada aguda, com a sombra da sua mão me cobriu; e me pôs como uma flecha limpa (flecha polida), e me escondeu na sua aljava; 3 E me disse: Tu és meu servo; és Israel, aquele por quem hei de ser glorificado. 4 Porém eu disse: Debalde tenho trabalhado, inútil e vãmente gastei as minhas forças; todavia o meu direito está perante o SENHOR, e o meu galardão perante o meu Deus. 5 E agora diz o SENHOR, que me formou desde o ventre para ser seu servo, para que torne a trazer Jacó; porém Israel não se deixará ajuntar; contudo aos olhos do SENHOR serei glorificado, e o meu Deus será a minha força. 6 Disse mais: Pouco é que sejas o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó, e tornares a trazer os preservados de Israel; também te dei para luz dos gentios,para seres a minha salvação até à extremidade da terra.
Estou completamente convencido então que precisamos de alvos e rumos muito claros em Deus para nós. Precisamos estabelecer o que Deus quer para nossas vidas.
Conversávamos com alguns pais em Salvador, Vitória da Conquista e Camaçari e a conclusão que chegamos é que a maior parte de nós pais guiamos nossos filhos para a vala comum, ou seja, para o lugar comum de todos. Preparamos nossos filhos para serem bons profissionais, serem pessoas moralmente corretas, constituir uma boa família etc.
Ficamos até satisfeitos que nossas filhas se casem com uma pessoa boa. E qual é o conceito de pessoa boa? A que tem uma boa profissão (não pensamos nem naquela pessoa que ganha muito dinheiro, mas se tem uma boa carreira). Se conseguirmos que nossos genros sejam pessoas boas, tenham uma boa profissão, tenham uma vida moral correta, já estaremos muito satisfeitos. Significa que os nossos alvos e os alvos das pessoas do mundo para os filhos são exatamente os mesmos. Os pais crentes só são mais exigentes quanto à moral e ética ao passo que os pais incrédulos não conseguem exigir esse padrão.
Mas eu pergunto:
– Quais são os alvos espirituais que temos para os nossos filhos?
– O que queremos que eles alcancem?
Pelo que fazemos, damos uma impressão de que nossos filhos são constituídos de apenas, cabeça e barriga. Quer dizer, se damos estudo e damos o alimento já está muito bom!
Devemos nos lembrar, no entanto, que nossos filhos são seres espirituais e irão se apresentar diante de Deus para prestarem contas a Deus da vida que receberam da parte de Deus e se atingiram ou não os objetivos propostos por Deus para eles.
Isaias 49 “ouvi-me ilhas e escutais vós povos de longe”.
Quero que você faça um exercício e não pense em Isaias mas somente em você.
“O Senhor me chamou desde as entranhas de minha mãe, fez menção do meu nome”.
-Você pode aplicar isso para sua vida ou seria um “forçar a barra”?
-Dá ou não dá para aplicar à sua vida?
-Existem outros textos que nos dão base para podermos aplicar este à nossa vida particular?
É verdade que essa palavra profética tem pelo menos dois alcances. O primeiro alcance é a vida do próprio profeta e o segundo alcance era a vida do Messias.
O alcance imediato que era a vida do profeta e outro alcance mais distante que era a vida do Messias o Senhor Jesus.
O salmo 139 diz que “o Senhor escreveu nossos dias antes que qualquer um deles houvesse e que Deus de um modo assombrosamente maravilhoso nos formou e nos entreteceu no ventre de nossa mãe”.
Então diante desse texto podemos afirmar que o Senhor fala a meu respeito neste texto de Isaias 49.
A palavra fala que Deus nos predestinou para a adoção de filhos, antes da fundação do mundo, para que fossemos semelhantes ao Senhor Jesus.
Não resta dúvida alguma de que Deus tem um propósito em nossas vidas. Deus tem um plano em nossas vidas. Às vezes, vamos pregar o evangelho para alguém e dizemos “Deus tem um plano para a tua vida”. A que vida estamos nos referindo? A vida no céu? O propósito de Deus para nós é aqui na Terra e não no céu. O céu é resultado. O céu consequência, mas Deus tem um plano para nós aqui. Quero dizer-lhes que a consciência dessa verdade tem o poder de mudar completamente a nossa vida, nosso comportamento e maneira de ser.
É exatamente isso que desejo deixar impresso na mente dos irmãos. Poderei falar tanto que convença a mente de vocês, mas imprimir no coração é trabalho do Espírito Santo e nesse campo eu não tenho acesso. Só consigo fazer com que você guarde na sua mente, ainda que não concorde.
Em Isaías 49, o escritor fala de duas coisas:
-O Senhor me chamou e fez menção do meu nome.
São duas coisas com a mesma essência. Aqui fala de chamamento e de identidade – “o Senhor me chamou desde o ventre de minha mãe e fez menção do meu nome”.
Você sabe o seu nome, ou está naquela fase do “quem sou, de onde vim e para onde vou?”.
É importante que você tenha consciência de que o Senhor lhe chamou pelo nome, desde o ventre de sua mãe, Deus falou o seu nome. Esse nome que você tem não é por acaso. Agora, é verdade que esse nome não é o definitivo. Deus tem para nós um novo nome escrito numa pedrinha branca que será revelada para quando chegarmos a Sua presença. Mas Deus tem feito menção do nosso nome e nos têm chamado.
Estudando esse assunto eu tenho percebido que nome, identidade e chamamento são coisas complementares. São coisas totalmente ligadas. A minha identidade está ligada ao meu chamamento.
Por exemplo:- Deus chama um homem para ser profeta e isso Ele faz antes do seu nascimento e então coloca todas as características de um ministério profético na vida daquela pessoa.
Normalmente os profetas têm uma carga muita grande de melancolia. Então o profeta tem esse temperamento. Não encontraremos profetas saltitantes ou festeiros no Velho Testamento. Nós encontraremos pessoas introspectivas, pessoas pesadas, pois essas são características do ministério profético. Mas foi Deus que o fez assim. É o temperamento de acordo com o chamamento.
Deus me chamou, fez menção do meu nome e me disse o que eu sou.
No verso 2 Deus trabalha com o instrumento do profeta “fez a minha boca como espada afiada”.
Onde foi que Deus fez da sua boca, uma espada afiada? Lá no ventre de sua mãe. As características do ministério são formadas no ventre de nossa mãe.
Quero sugerir que você verifique na sua vida as características que fazem parte do seu ministério.
Você pergunta.
-Por que eu sou assim? Por que tenho esse temperamento?
Você é assim porque Deus tem um chamamento para você e foi desse jeito que Ele lhe fez.
-Ah, Deus! me muda.
Precisamos compreender que o temperamento não é mudado e sim controlado.
Encontraremos um Pedro que tem um temperamento de pioneiro em tudo.
Pedro estava no barco e ao ver Jesus andando sobre as águas; e, enquanto outros dizem “é um fantasma e Jesus responde: não temas, sou eu”, o que Pedro diz? “se é o Senhor mesmo, manda que eu vá por sobre a água”.
Eu não faria isso que Pedro fez pois, como ficaria se não fosse Jesus? Ele afundaria e aquele ser que estava passando por ali lhe diria “bem feito”.
Noutro momento está lá Jesus conversando com Elias e Moisés e o texto é muito claro e diz assim “e não sabendo o que falar, tomou a palavra.” Que sujeito estranho, estavam lá Elias Moisés e Jesus conversando e ele simplesmente não sabendo o que falar, toma a palavra!
Ninguém deu a palavra, ele não pediu a palavra, por exemplo, “Oh Senhor eu queria dar um palpitezinho”.
Ele propõe: “vamos construir três tendas, uma para o Senhor, outra para Elias e outra para Moisés”. Nessa hora Deus interrompe a Pedro e lhe diz “Esse é o meu filho, a Ele ouvi”. Pedro fica meio zonzo, levanta os olhos e não vê mais ninguém senão somente a Jesus. Esse era Pedro.
Quando chegam para prender a Jesus, quem é que arranca a espada? É Pedro. E ele era pescador, não entendia nada de esgrima, porque corta a orelha do soldado.
Na hora que Jesus fala a respeito do que lhe esperava em Jerusalém e diz “importa que o Filho do Homem suba para Jerusalém e será entregue na mão das autoridades, para ser açoitado, crucificado e morra e ao terceiro dia ressuscitar, qual foi a reação de Pedro?
Diz a palavra que ele chama Jesus à parte e começa a repreender a Jesus.
Jesus o traz de volta para o grupo e diante dos outros diz:
-Arreda-te de mim Satanás.
Esse era Pedro.
Quando Jesus fala que eles iriam traí-lo e que ninguém vai ficar consigo. Quem é que fala que não vai trair?
-Senhor, todos podem ir embora, menos eu.
Quem é que nega? Esse era Pedro.
Encontraremos sempre o Pedro tomando a dianteira.
Esse era o temperamento de Pedro, não conseguia ficar quieto. O que é que o Senhor faz? Ele toma aquele caudal, aquele volume, aquela força e aquele rompante e põe uma turbina, põe controle. E quem é que prega o evangelho no dia de Pentecostes? É Pedro. Quem é que vai à casa de Cornélio para abrir a porta para os gentios? É Pedro. Deus fez Pedro desse jeito, porque Ele precisava de um homem com essa característica; e foi nas mãos de Pedro que o Senhor coloca as chaves do Reino. Não estamos crucificando a Pedro, apenas descrevendo o seu temperamento.
Então o nosso temperamento é de acordo com nosso chamamento.
Is 49 – Na minha versão diz “uma flecha limpa”, noutra tradução “uma flecha polida”.
Fui procurar esse texto no original e a palavra é brunir. Quem trabalha da área de metalurgia sabe o que é a palavra brunir. É polir com lixa, com ferramenta. Uma flecha polida é uma flecha trabalhada. Então o profeta já está se vendo como alguém que tem um chamado, um ministério e como alguém que está prestes a ser lançado ou enviado.
Como é que você se vê? Você se vê como uma flecha que o Senhor está preparando para enviar? Ou o seu grande alvo é ser igualzinho ao de qualquer pessoa do mundo?
Toda flecha tem uma peninha que funciona como estabilizador. Se não tem a peninha, a flecha não atinge o alvo. Tem muito crente que tem até a ponta afiada, mas nunca atinge o alvo por falta de estabilidade. Sabe até o alvo. E Deus até o atira, mas uma hora atinge um lugar e outra hora atinge outro lugar.
Interessante que a palavra pecado está ligada a isso. A palavra pecado não é só cometer alguma coisa errada, mas a palavra pecado significa também não atingir o alvo. As vezes ficamos muito impressionados de ter que chegar diante de Deus e ter que relatar e dar desculpas a Deus de tanto pecado que cometemos. Mas quero te dizer que Deus não está tão impressionado pelos pecados que você e eu cometemos. Ele está impressionado com os alvos que nós não atingimos.
O verso 2 diz que “o Senhor fez minha boca como uma espada aguda”, e você percebe que isso é arma de guerra. Mas não somente fez isso mas “me cobriu com a sombra de sua mão”. Isto é, o Senhor além de me preparar para a batalha me protege e guarda.
O Senhor não me deixa de qualquer jeito, ao relento. O Senhor me guarda com a sombra de sua mão e me coloca na sua aljava.
Verso 3 – “e me disse, tu és meu servo és Israel “. Aqui o Senhor vai delineando a nossa identidade, vai traçando o perfil de nossa vida. “Tu és meu servo”.
Estamos num tempo em que o que mais impressiona uma pessoa é o ter. A pessoa hoje é reconhecida pelo que tem e não pelo o que ela é.
Voltando a falar das questões de casamento, quando uma mãe fala assim “casei a minha filha muito bem”. O que ela está dizendo com isso: Marido bem empregado, duas fazendas, tem um carro do ano, tem isso e tem aquilo.
Mas o que ele é? Qual é a sua identidade?
Às vezes nos impressionamos por aquilo que conseguimos fazer. Isso é tão forte que é um argumento que muitos de nós vamos usar quando chegarmos diante de Deus. Senhor, eu fiz isso, eu fiz aquilo. Qual a resposta de Deus? “Não vos conheço”, ou seja, “não sei quem você é”.
Nós nos impressionamos pelas coisas que fazemos e pela coisas que temos, mas o que impressiona o Senhor é aquilo que nós somos. O que impressiona a Deus é se você é santo, se você é puro, se você é obediente, se você é um servo de Deus. Se você deseja impressionar a Deus, seja. Não se preocupe tanto em fazer, mas seja.
Você dirá, mas o que eu faço não é importante? Claro que é importante, porém é decorrência, é consequência, é resultado, é fruto.
Uma laranjeira só produz laranjas porque é laranjeira. Ela não é laranjeira depois que produz laranjas. Ela é laranjeira antes de produzir laranjas. Porque ela é laranjeira ela produz laranja. Nosso problema é que queremos fazer, ter, realizar e o Senhor está querendo que sejamos.
Ele diz “tu és meu servo” e por fim no verso 3 Ele estabelece uma promessa ou afirmação: “Tu és meu servo, aquele por quem hei de ser glorificado”.
Deus está apostando tudo em minha vida, Ele disse “Jamê, eu vou ser glorificado na tua vida”.
Paulo compreendendo isso diz assim “seja pela vida ou pela morte, o Senhor há de ser glorificado em mim”. Não importa o que vai acontecer comigo, mas o Senhor vai ser glorificado.
Amados, há uma disposição de Deus de operar em minha vida, de tal forma que o nome dele seja glorificado e há uma disposição no meu coração de que isso realmente aconteça.
Eu concordo com Deus, quero concordar com Deus. Concordar não é apenas assentir dizendo “Senhor eu concordo (mentalmente)”. Mas dizer eu concordo no sentido de que meu coração está nisso. Não apenas concordo como desejo que o Senhor seja glorificado na minha vida por aquilo que eu sou. Não tanto pelas coisas que eu faço, mas por aquilo que eu sou.
Nosso maior desejo deve ser “ser um servo de Deus”. Uma flecha polida, e daí Deus pode me enviar para onde e quando Ele quiser.
Como no verso 4, as vezes eu falo assim (não sei se você também fala): “debalde tenho trabalhado, inútil e de maneira vã gastei as minhas forças”.
Como você diria isso? Estou cansado, vou dar um tempo, uma parada.
Qual seria a sua linguagem? Quero hibernar, não aguento mais. Estou no bagaço. Chega! Deus me promove logo. Os mais espirituais dizem “não suporto mais esse vale de lágrimas, me promove mais cedo, Deus!”. Outros pentecostais dizem “Maranata, vem logo Senhor Jesus”.
No fim a maior parte das atitudes de coração significa a mesma coisa quando dizemos assim: não aguento mais trabalhar. Não estou vendo resultado do meu trabalho. Tenho trabalhado em vão.
Mas o Senhor Deus me leva a dizer: “o meu direito está perante o Senhor e o meu galardão perante o meu Deus”.
A resposta de Deus para esse tipo de desabafo é o seguinte: -Nenhum trabalho nosso feito no Senhor é em vão, por menor que seja.
Verso 5 – “O Senhor me formou desde o ventre de minha mãe para ser seu servo.”.
Percebamos que o Senhor está construindo a nossa identidade, construindo o nosso chamamento. Deus está edificando nossa vida, colocando as coisas nos seus devidos lugares.
Falando de identidade, em Mateus cap. 1, no verso 21, há o registro da conversa do anjo com José a respeito de Maria (José estava querendo escapar), O Anjo diz: “a virgem dará a luz um filho e chamarás o seu nome Jesus, pois ele salvará o seu povo dos seus pecados”.
Notamos aí o nome e o chamamento, nome e trabalho, nome e ministério, nome e realização.
O nome é Jesus porque Ele vai salvar o seu povo.
O livro de Neemias me deixou admirado pelo fato de Deus colocar as pessoas certas nos lugares certos. Deus poderia falar que colocou cento e tantos homens em tal lugar e mais mil homens trabalhando nos muros de Jerusalém, mas Ele não faz isso.
Ele diz assim “e a Porta das Ovelhas foi restaurada pelo sumo sacerdote Eliasibe”.
Eliasibe foi o sumo sacerdote daquele momento, preparado por Deus para aquela hora. Eliasibe significa “Deus restaura”.
Quer dizer, Deus preparou aquele menininho lá no ventre de sua mãe e inspira seus pais a darem esse nome e a vida dele foi essa, foi sumo sacerdote naquela hora, com esse nome, para a restauração daquela porta, a porta das ovelhas.
A Porta do Peixe foi restaurada pelos filhos Hasená que significa “espinhoso”, parece ironia de Deus, mas eram os espinhosos restaurando a Porta do Peixe. Junto deles Zacur (rwkz = cuidadoso) Inri – (yrma = eloqüente)
Para a Porta do Vale, Deus chama Hanun que significa “Deus é misericordioso”. Esse era o lugar por onde entravam as pessoas humildes de Jerusalém, perto da Porta do Monturo.
A Porta do Monturo foi restaurada por um príncipe. Eu não colocaria um príncipe pra restaurar a Porta do Monturo, mas é assim que Deus faz.
Alguns nomes de pessoas no livro de Neemias combinam com a função dessas pessoas
No verso 23 de Mateus 1, o anjo diz “ a virgem conceberá e dará a luz um filho e chamá-lo-ão pelo nome de Emanuel que traduzido é “Deus conosco”. Notemos sempre a Identidade ligada à função, chamamento e ministério.
Não pensando em troca de nomes, gostaria de perguntar:- Quais seriam nossos nomes, segundo Deus? Qual seria o seu nome?
Nesse nome estaria a sua realização, seu ministério, seu serviço etc.
De que nome Deus lhe chamaria? Você já notou no penúltimo capitulo do livro de Gênesis, quando Jacó abençoa a cada um dos seus filhos, e profetiza algo sobre cada filho, fala da identidade de cada um? É impressionante.
Há um deles (Issacar) que Jacó chamou de “Jumento Selvagem”, porque esse era o seu temperamento. Como é que Deus lhe chamaria? Deus toma um Saulo, um homem de nariz arrebitado, hebreu de hebreus, da tribo de Benjamim o dodói do coração de Jacó, irrepreensível segundo a lei.
Deus toma esse homem chamado Saulo que significa “Pedido de Deus” e muda o seu nome para Paulo que significa “Pequeno”.
Mais ou menos assim “olha moço, você não está com essa bola toda, não”. Sua mãe lhe chamou de Saulo “Pedido de Deus”, porem eu lhe chamarei de Paulo, “Pequeno”.
Interessante notar que Paulo assumiu esse fato. Em um momento de seu ministério ele diz assim, “eu Paulo apóstolo do Senhor, não sou digno nem de ser chamado apóstolo, pois eu persegui a Igreja de Deus e sou como um nascido fora do tempo, um aborto, sou o menor dos apóstolos”.
Mais tarde ele diz “eu, o menor dos santos”. No começo qualquer apóstolo era maior do que ele, na medida em que ele vai caminhando na vida cristã, ele descobre que é o menor dos santos.
No final de sua vida ele descobre que é o maior dos pecadores.
Essa é uma característica daqueles que se aproximam do Senhor. Quanto mais perto de Deus, mais insignificante a pessoa se sente. No final de sua vida ele tinha certeza absoluta de que era um Paulo.
Lembramo-nos do Barnabé? Esse nome significa “Filho da Consolação” ou “Filho da Exortação”. Exortar significa animar e levantar e não repreender como usamos. Esse nome foi dado a José, um homem que consolava a Igreja. Qualquer que olhasse para ele sabia que ele era um Barnabé. O que ele era na vida, assim era o seu nome.
Que nome Deus lhe daria?
“O Irritado”, “O Instável”, “O Bondoso”, “O Generoso”, “O Santo”, “O Manso”, “ O Chateado”, “O Jumento Selvagem”.
Não é o nome que eu me dou, mas o nome que Deus me dá.
Quero chamar sua atenção para outros nomes.
Quando Davi quis construir a casa, Deus lhe disse que ele não poderia edificar a casa porque tinha sangue nas mãos, porque pelejou as batalhas do Senhor.
Essa última frase deu uma estabilidade muito grande ao coração de Davi.
Se Deus não tivesse afirmado à Davi que reconhecia que sua mãos tinham sangue por causa das batalhas Dele, o Senhor, com certeza Davi teria um problema muito sério na consciência, pois ele era um pastor e não foi chamado para guerrear, ele não foi por livre e espontânea vontade, mas Deus o chamou para guerrear e ele apenas obedeceu. “Você não poderá edificar a minha casa mas eu vou levantar um homem depois de você e esse homem edificará a minha casa e seu nome será Salomão” que significa “Homem de Paz”. “Homem Sereno”.
Neemias que trabalhou na restauração dos muros, cujo nome significava “Deus é meu deleite”. Somente um homem que se deleita em Deus, só um homem que descansa em Deus pode ser usado por Deus na edificação.
Josué é a transliteração do nome Yoshua, que por sua vez significa “Braço Forte de Deus” no sentido de destra. Yoshua é o nome Jesus no hebraico. O Senhor nos resgatou com Braço Forte, esse é Josué.
Josué tinha outro nome, Oséias e Deus lhe dá um nome ligado à sua função de resgatar o povo e introduzi-lo na Terra Prometida.
A nossa vida e conduta devem ser equivalentes à nossa identidade. Conforme a nossa identidade assim deve ser a nossa vida o nosso chamamento. Nosso problema é que não temos clareza do nosso chamamento e então nossa vida é de qualquer jeito.
Paulo nos diz em Efésios 4:1 diz que “devemos andar de maneira digna da nossa vocação”, então a nossa vida e comportamento deve estar à altura do nosso chamamento.
Uma coisa que acontece com o soldado é que ele não pode carregar nada, andar com guarda chuva, carregar criança pois essas coisas não condizem com a sua farda. O soldado precisa se sujeitar até a essas pequenas coisas. O soldado não pode levar guarda-chuva pois ele é superior aos elementos naturais. Os elementos são inferiores ao soldado. (Isso é o que se ensina).
I Timóteo 1:18 é a mesma ideia “esse é um mandamento que estou dando a você, que você lute a boa guerra segundo a profecia que você recebeu”.
Isto é, segundo uma palavra que Deus lhe deu é assim que tem que ser a sua vida e luta. Tem um padrão, tem um parâmetro, tem um gabarito, tem um modelo e é segundo isso que devemos lutar. Isso é andar de maneira digna da vocação.
Às vezes as nossas lutas não tem nada a ver com as profecias que Deus nos deu. São lutas inglórias pois não condizem, não tem paralelo com as profecias que Deus falou ao nosso respeito. Talvez você pergunte “mas qual foi a profecia que Deus falou ao meu respeito?”. Essas coisas que estamos falando, essas são as profecias a seu respeito. Essas são as palavras e as profecias mais importantes para nossas vidas.
1Tm 6:10 diz “mas tu, oh homem de Deus, foge dessas coisas e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão, e milita a boa milícia da fé, toma posse da vida eterna para a qual também fostes chamados.”
Toma posse hoje, pois para isso é que você foi chamado.
“tu pois meu filho, fortifica-te na graça que há em Cristo Jesus e o que de mim entre muitas testemunhas ouviste, confia-o a homens fiéis e idôneos para que estes ensinem a outros. Sofre pois comigo as aflições como bom soldado de Cristo. Ninguém que milita se embaraça com os negócios desta vida, afim de agradar aquele que o arregimentou para a guerra”. 2Tm 2:1,2
-Este versículo combina com aquilo que estamos falando deste o começo?
O soldado em serviço só tem um objetivo, ou seja, “agradar aquele que o arregimentou ou o chamou”. Ele não se embaraça nos negócios desta vida. O soldado, na qualidade de recruta, não pode votar, não pode ser votado. O soldado não pode se envolver em negócios, não pode casar, não pode ser proprietário de empresa, pois o seu negócio é agradar aquele que o chamou.
O que somos? Bons soldados de Cristo.
Precisamos ter essa mentalidade. Eu sou soldado de Cristo.
Se eu não tiver essa mentalidade o meu comportamento não será compatível com o meu chamado. Comportar-me-ei de qualquer forma. Antes do comportamento preciso ter clareza do meu chamamento.
-O que é que você pensa de você mesmo?
É isso que determina o seu dia a dia.
Se você pensa que você é uma pessoa santa, soldado do Senhor, servo de Deus, ministro do Senhor, uma flecha polida, a sua vida será de acordo com isso.
Nosso chamamento, nossa vida, nossa postura sempre tenderá a ser igual aquilo que pensamos ao nosso próprio respeito.
Daí compreendemos um pouco melhor o que está escrito em Provérbios 23:7,
“conforme o que o homem pensa assim ele será”, ou “como o homem imagina assim ele é”.
Não tem nada a ver com a força do pensamento positivo. Esta falando de consciência de uma missão, de uma verdade.
É o que penso ao meu respeito que determina o meu comportamento.
Confesso que tem muita coisa para pensarmos nessa matéria.
Quero reafirmar essa ideia dizendo o seguinte:-
-O que me sustenta no meu dia a dia é o que penso de mim mesmo.
Se penso que sou um santo não pecarei, não vou me misturar com o que é sujo; isso depende do que eu penso de mim.
Durante a minha vida tenho ouvido algumas frases que me deixam tristes. Certa vez um rapaz do Partido Comunista em Belo Horizonte, estava conversando com um amigo. Os dois estavam num bar e o jovem comunista pediu um cafezinho e um pão, e ao pagar tirou do bolso um volume grande dinheiro. Enquanto isso o meu amigo estava ali do lado também comendo um lanche gordão cheio de andares. No meio da conversa o amigo lhe perguntou.
-Por que é que você tomou apenas um cafezinho com pão seco se você tem tanto dinheiro assim no bolso; por que você não compra um lanche completo?
O jovem comunista respondeu:
-Este dinheiro aqui eu consegui para mandar confeccionar folhetos do nosso partido. O problema de vocês cristãos, é que vocês não creem naquilo que pregam. Eu creio naquilo que eu prego por isso aplico tudo que tenho para doutrinar o mundo e nós vamos conquistar o mundo. É verdade que não conquistou, mas sua convicção determinava seu comportamento.
Nossa crença deve mudar e determinar os detalhes de nossa vida. O que nos amarra não é o atacado e sim o varejo. Sabem aquelas coisas pequeninas, são elas que nos amarram. Não são os pecados grosseiros e sim as coisas aparentemente insignificantes.
Temos acompanhado a atuação dos “suicidas Islâmicos” capazes de amarrar uma bomba no corpo e ai tanto faz a idade ou sexo, são homens, adolescentes, jovens, mulheres etc. São pessoas que creem em alguma coisa. Os homens creem que chegarão ao paraíso e terão muitas virgens, e outras recompensas. A morte deles é determinada por aquilo em que eles creem.
Que o Senhor nos ajude. Não estou chamando ninguém para amarrar bomba no corpo. Aliás Deus nos chama para ser uma bomba no arraial do inimigo.
Que Deus nos dê revelação da nossa identidade.
II Coríntios 10:4-5 “As armas de nossa milícia são espirituais, mas sim poderosas em Deus para destruição de fortalezas, derrubando raciocínios e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus e levando todo pensamento cativo à obediência de Cristo”.
Eu não preciso chegar diante do espelho e repetir “você é forte, você é forte, você é forte, você é vencedor, você é vencedor, você é vencedor”. Essa atitude seria uma arma carnal, pois não é questão de auto sugestão mas é uma questão de revelação.
Quando o Senhor falou que iria derramar o seu Espírito Santo sobre os seus discípulos e eles receberiam poder. A palavra poder é “dunamis”, uma palavra grega raiz da palavra dinamite. O que é que a dinamite faz?
O que o Senhor disse literalmente aos seus discípulos foi que eles receberiam uma carga de dinamite tão poderosa que é capaz de dividir o mundo no meio. Foi exatamente isso que aconteceu.
A partir da saída dos discípulos o mundo nunca mais foi o mesmo. Algumas cidades inclusive diziam “aqueles que têm transtornado o mundo chegaram até aqui”. Quer dizer que a dinamite estava ali.
As armas de nossa são espirituais e poderosas em Deus para derrubar fortalezas, anular sofismas. O que é um sofisma? É uma afirmação de minha mente baseada em coisas irreais. Sofisma é algum raciocínio meu baseado em algo irreal. Não se trata de uma verdade mas eu acho que é uma verdade e por isso eu atuo, ajo e reajo em cima daquilo que eu acredito ser.
Então as armas que Deus tem nos dado são poderosas para anular sofismas.
A outra coisa que o texto diz “e para levar cativos aos pés de Cristo todo pensamento que altivo se levanta contra o conhecimento de Deus”.
Nós temos pensamentos que têm a tolice de dizer que Deus não tem poder. Você pode afirmar ao contrario do eu disse. Mas com certeza você já disse que tem um problema, mas que embora Deus já tenha libertado outras pessoas, o seu problema Ele não vai resolver.
O que estamos dizendo com isso? Estamos dizendo que Deus não tem poder na nossa vida. Isso é um sofisma e é um pensamento que está se levantando altivo contra o conhecimento de Deus. E as armas que o Senhor nos tem dado são capazes de levar esses pensamentos cativos à obediência de Cristo
Vamos caminhar um pouco mais. Citamos I Corintios 8:7 que fala do povo que tinha o costume de comer coisas sacrificadas aos ídolos.
Quero ler a historia de um elefante amarrado que está em Atos capitulo 10.[1]
Atos 10 nos conta que por volta de meio dia, um homem com fome, hospedado numa casa que não era digna de recebê-lo, pois esse homem com fome era um judeu e o anfitrião era um curtidor de peles chamado Simão, e um judeu religioso nunca se hospedaria numa casa onde se cuidasse de cadáveres. Tratava-se de uma casa imunda. Mas Pedro, não sei porque, estava hospedado na casa desse homem. Ele está com fome e sobe para o pátio da casa para orar. Com todas as aparentes imperfeições de Pedro, ele sabia aproveitar o tempo para orar.
Mas Pedro tinha o comportamento de um elefante amarrado e Deus queria quebrar as amarras de Pedro. O desejo de Deus sempre foi o de alcançar todas as nações da Terra isso inclui os gentios, os povos que não são judeus.
Ali está Pedro raciocinando, orando pela obra de Deus.
Talvez Deus estivesse pensando: como é que eu faço para convencer a Pedro que ele precisa chegar aos gentios e pregar a palavra?
Vocês sabem que os gentios eram considerados imundos pelos judeus, os samaritanos então eram piores do que os imundos pois eram judeus desviados e, por isso, eram considerados uma classe bem inferior. Lembram-se que quando Jesus conversa com a mulher samaritana, ela lhe diz “como sendo tu judeu vem conversar comigo que sou mulher samaritana”,
Essa atitude de Pedro era uma corda no pé do elefante.
Estão descobrindo alguma corda ai?
“Eu não posso conversar com um gentio”. Era uma corda no pé do elefante. Todos temos uma listinha de coisas que não podemos fazer. Não estou me referindo a pecados.
Por exemplo: ressuscitar mortos, você diz “não posso”, curar cegos, dizemos “não podemos”, ser santos e perfeitos como Jesus, dizemos “não podemos”, e por ai vai nossa listinha.
Os medos são nossas cordinhas.
E aqui Pedro tinha uma tremenda corda de navio. E o que Deus faz para falar com Pedro? Deus põe Pedro para dormir. Não é isso que diz o texto? Enquanto ora, foram os seus sentidos arrebatados. Ele saiu dos sentidos, pois enquanto Pedro estivesse raciocinando sua resposta seria sempre “não posso”. Sua mente se levantaria altiva contra o conhecimento de Deus. O que Deus faz? Deus anula aquilo que Pedro sabe e lhe põe para dormir. E a palavra de Deus diz que aparece diante dele um vaso como um lençol amarrado pelas quatro pontas e dentro desse vaso, animais impuros, e o Senhor chega para Pedro e ordena que ele mate e coma!
Nessa hora Pedro acorda e retoma seus sentidos, assume seus raciocínios e fala para Deus “não Senhor eu não posso”. A mãe de Pedro o havia criado nos rigores da religião e desde criança Pedro havia aprendido que não podia comer aqueles animais.
Olha a cordinha na pata do elefantinho.
Ele cresce e vive desse jeito. Pedro fala uma frase descabida. Ele se volta para o Senhor e lhe diz “de modo nenhum Senhor”.
Ele consegue misturar duas coisas “imisturáveis”: Não e Senhor!
Se o Senhor fala, qual é a nossa resposta? Só cabe a palavra sim.
Nunca essas duas palavras caminham juntas. Ou é não, ou é Senhor. Se é Senhor é sim. Se é não, não é Senhor.
Mas a corda na perna do elefante era maior que a revelação do senhorio de Jesus. O que é que Deus faz? Insiste com Pedro.
Deus está disposto a quebrar aquela corda de qualquer jeito. Chama a atenção de Pedro e traz de novo a revelação e Pedro continua dizendo “não Senhor”.
E o que é que Deus faz? Continua insistindo com Pedro.
Como Deus é insistente com as nossas cordas. Deus não vai sossegar enquanto não quebrar nossas cordas! Deus não vai sossegar enquanto não quebrar cada uma das cordas que nos prendem. Não se assustem com os métodos de Deus.
José Roberto, um caro irmão, diz que por amor à Igreja, Deus faz qualquer loucura.
Havia três rapazes aos quais foi ordenado que adorassem uma imagem. Eles foram instruídos desde criança que não deveriam se dobrar diante de imagens. Mas, o rei queria amarrar uma corda nos seus pés juntando-os aos pés da estatua.
Eles disseram, “não ficaremos amarrados em estatua nenhuma, essa corda eu não aceito na minha vida.”. O rei disse, “mas vocês vão morrer”. Eles responderam “pode matar, mas não aceitaremos cordas alguma em nossos pés.”
Amados, as cordinhas sempre virão. Cordas velhas e cordas novas. O rei amarra-os e lança-os dentro da fornalha ardente. Lá dentro estão os três passeando dentro da fornalha. Lugar mais estranho para passear.
Os que os jogaram se queimaram e morreram de tão forte o calor da fornalha. Mas o rei teve uma visão de um quarto homem junto aos três.
Quero lhe dizer que quando você assumir uma vida de obediência ao Senhor, Ele estará com você. Fica tranquilo. O texto diz que o rei se dobra diante de Deus e chama os três para fora. E a palavra de Deus diz que nada neles foi queimado exceto as cordas.
Que coisas Deus vai precisar fazer na sua vida para queimar as cordas que lhe prendem?
No caso deles foi o fogo. E no nosso caso? O que é que Deus vai usar? Perda de um parente? Perda de uma família? Perda de um emprego? Perda da saúde?
Um pastor me telefonou para me falar de suas orações nos últimos dias e e me disse que o Senhor havia lhe falado que “ou entro no ministério que Deus tem me dado ou Ele vai me tirar a vida”.
Às vezes o Senhor precisa colocar um cálculo no rim, uma úlcera, ou qualquer coisa. Deus não está muito ‘preocupado’ como o seu servo morre e sim como o seu servo vive. Por isso que vemos acidentes terríveis com cristãos.
Mas, pergunta-se, “com cristãos também acontece isso?” Sim perfeitamente.
Desculpe-me a expressão, “Deus está ligando muito da maneira como você morre, mas Deus está muito interessado do jeito que você vive”.
Você está querendo que Deus quebre cordas?
Não tenha dúvidas, Ele vai quebrar. Não se espante com coisas estranhas e desagradáveis acontecendo na sua vida. O fato é que vamos chegar diante de Deus completamente livres porque essa é a vontade do Senhor. “O meu Deus que começou a boa obra em mim há de aperfeiçoá-la até o dia final”.
Pela terceira vez, o texto (verso 17) diz que Pedro está “duvidando entre si”. Não consigo compreender como uma pessoa pode duvidar entre si mesma.
Outra tradução diz “estando Pedro perplexo a respeito dessas coisas que havia acontecido”. Logo em seguida vem alguém a palavra de Deus e lhe diz:
“estão ai fora, três homens que vêm buscar você, vá com eles”.
Qual era a coisa imunda referida na visão?
Os gentios. E Deus estava quebrando uma corda religiosa.
Qual era a corda religiosa? Eu não posso pregar para quem não merece. Tal pessoa é tão ruim que não merece e se for para o inferno, “muito bem feito”. Tal pessoa nem Deus muda!
Pedro estava chamando de “coisa comum” e Deus lhe diz “não chame de coisa comum o que eu santifiquei”. Às vezes nos recusamos a fazer certas coisas que Deus nos manda por consideramos ridículo, ilógico, irracional e absurdo. Mas eu pergunto:
Qual é a racionalidade, inteligência e lógica que existe, quando Deus dá uma ordem para um profeta: “toma trigo e cozinhe um pão usando excremento humano”?
Quando Ele manda um profeta andar nu durante três anos, qual é a lógica? Qual é a lógica quando Deus manda um profeta se casar com uma prostituta e depois dessa prostituta morta ele esquarteja em doze pedaços e mandar um pedaço para cada tribo de Israel.
Qual é a lógica da vida cristã? Amados a nossa mentalidade é contra Deus. As pessoas dizem “mas isso é ridículo e sem lógica”. O inferno está cheio de pessoas cheias de lógicas. O que leva a pessoa para o céu não é a lógica e sim a fé em Jesus Cristo. Você é lógico? Peça perdão a Deus que Ele perdoará esse pecado grosseiro e feio. Você dirá “mas isso não é racional”. O texto que fala de anular sofisma também fala de derrubar raciocínios.
Tinha um outro rapaz que também tinha uma corda muito grossa. Era um rapaz que, havia muitos anos, estava deitado juntamente de muitos outros enfermos à beira de um poço.
Uma vez por ano descia um anjo e movia as águas daquele poço e o primeiro que entrasse nas águas era curado. Mas aquele rapaz coxo tinha uma corda daquelas de navio e estava preso. Quando alguém chegava para ele e perguntava “você não vai entrar na água não?” Qual seria sua resposta?
Lembram qual foi a resposta que ele deu para Jesus, quando Jesus lhe perguntou “o seu caso qual é”?
A sua resposta é uma das frases mais tristes da Bíblia. É uma das frases mais tristes que você vai encontrar em todo o Novo Testamento. Ele disse:
– Senhor, eu não tenho ninguém que me jogue na água.
Aquele homem era um solitário em meio a uma multidão. Interessante como pessoas amarradas são solitárias. Estão no meio do povo. As vezes dez mil, outras vezes uns duzentos, não importa pois o fato de ela estar amarrada a faz uma pessoa solitária.
Os presos são solitários, não tem amigos, pois estão presos.
O salmo 68: 6 diz “o Senhor faz com o solitário viva em família, liberta os que estão presos em grilhões mas os rebeldes viverão em terra estéril”
Uma das características da amizade é podermos ser quem somos e completamente livres para entrar na vida dos outros e ter também a nossa vida invadida pelos outros.
As pessoas entrarão “de tamanco no coração da gente”.
Aquele homem diz “não tenho ninguém”.
Pergunto:- Quantos anos mais ele ficaria naquele poço?
Que tamanho era a sua corda? De fato, aquela corda ele não conseguiria quebrar sozinho. Precisou de uma intervenção de Jesus para quebrar aquela corda na sua vida.
E quem vai quebrar nossa corda hoje? É o mesmo que quebrou a corda daquele rapaz.
Tem o caso de um paralítico que estava na porta do templo e a sua corda era a paralisia. O que ele não podia? Ele não podia andar. Não podia trabalhar. Não podia sustentar uma família. Não podia nada na vida. Porque a corda da paralisia o impedia. E aí estava um homem paralítico de quem se aproximam dois homens sem cordas e um deles é Pedro. O rapaz pede-lhes uma esmola.
Como Pedro não tinha cordas nem dinheiro que prendessem a sua vida era completamente livre. Não tinha preocupações sobre as aplicações financeiras, graças a Deus. E o que eles fazem com o homem? Eles cortam as cordas daquele homem e aquele homem passa a ser um homem completamente livre. Como é que ele entra no templo? Saltando e cantando.
E o cego no caminho de Jericó. Você sabe o que significa Bartimeu? Ele estava sentado à beira de uma estrada que ia para Jericó. Jericó era a cidade amaldiçoada. E Bartimeu que significa filho do sujo estava sentado ali. O que você acha? Um cego, filho do sujo (Timeu, sentado à beira do caminho que leva para a cidade amaldiçoada (Jericó)).
É uma densidade muito grande de desgraça por metro quadrado. É muita desgraça junta.
Agora eu quero lhe avisar que essa é a nossa historia. Não somos melhores do que Bartimeu.
Quando ele ouve uma multidão, ele pergunta: o que está acontecendo? Alguém diz: É Jesus de Nazaré. O que ele faz? Ele fala: não quero mais cordas em minha vida. Só que ele fala de outra maneira.
Ele começa a gritar: Jesus Filho de Davi tem misericórdia de mim. Mas o que ele estava dizendo: Senhor livra-me desta corda, que eu não aguento mais.
As pessoas chegam para ele e lhe dizem para calar a boca. Não tem nada a ver essa sua gritaria. Em outras palavras ele responde: eu quero é me livrar disso. E o Senhor Jesus está indo para Jericó e o texto diz que Jesus para. Talvez você nunca tenha estudado porem este texto me impressionou demais. Porque nele você vê o poder da oração que faz Jesus interromper sua caminhada. Impressiona-me o fato de Jesus parar para atender aquele rapaz. Se Jesus parou para atender um cego filho do imundo, não vai parar para nos atender, aqueles que ele chama de filhos?
Qual foi o segredo desse rapaz? Simplesmente não se conformou com essa situação. Eu não quero mais essa situação. O texto mostra que o cego tornou-se escandaloso, começou a gritar “Jesus Filho de Davi”. O texto diz que quanto mais as pessoas falavam, mais ele gritava. Até que o Senhor ouviu. O Senhor disse “Tragam esse rapaz”. Alguém que estava ao seu lado, imediatamente disse “o Senhor te chama”.
Ele se levanta de um salto, deixa a capa e vai até Jesus. E o Senhor lhe pergunta: o que você quer que eu lhe faça? Ele respondeu: Senhor, eu quero ficar livre dessa corda.
Qual era a sua corda? A falta de visão.
Qual é a sua corda hoje? O que lhe impede de crescer na vida espiritual? O que lhe impede de caminhar naquilo que Deus tem ordenado?
O Senhor Jesus hoje não está passando indo para Jericó. Ele está aqui. Ele já está parado, apenas querendo ouvir você. Só querendo nos conhecer. Só querendo ouvir nossos pedidos.
Outra situação de uma mulher que tinha um fluxo de sangue havia já doze anos em Mateus 9.
O texto diz que ela havia gasto tudo o que tinha com os médicos. Talvez do seu caso não seja um fluxo de sangue. Tanto a medicina como a Bíblia afirma que no sangue está a vida. E um processo de sangue se esvaindo fala de vida, energia, santidade, pureza, poder, graça, ministério escapando de nossa vida.
Você já percebeu como nos últimos meses você se tornou mais fraco espiritualmente? Sim ou não? Fluxo de sangue é vida se esvaindo, é energia indo embora. Você tem percebido que vida tem se esvaído de você? O que foi que a mulher fez? Ela raciocinou: não aguento mais, já tentei usar tudo que tinha, mas tudo foi em vão, não tem mais jeito para mim. Só existe uma pessoa que pode me libertar desta corrente, dessa corda. Só tem uma pessoa.
Aquela mulher, depois de ouvir falar de Jesus define: “se eu tocar nele, eu serei curada.”. Ela vai e há uma multidão cercando Jesus. Eu não sei exatamente como aquela mulher se sentia, pois me parece que uma mulher com doze anos de hemorragia devia estar, no mínimo, anêmica. As irmãs podem confirmar isso?
Às vezes as menstruações vêm com cólicas, muitos transtornos. Imagine tudo isso durante doze anos. Ela devia estar anêmica, devia estar fraca, e ainda havia uma multidão cercando Jesus. Ela vai, enfrenta a multidão, afasta as pessoas dizendo, “eu não quero mais ter cordas na minha vida”. Ela considerada imunda. Igual a Bartimeu, igual a nós. Além de tudo isso: tocar num homem?. E tocar em Jesus?. Ela estava decidida, “é hoje, é hoje”. E ela vai e toca em Jesus. E uma mulher que há doze anos via a sua energia se esvair, naquele dia ela via a energia voltar.
Houve uma inversão de fluxo de energia. Não mais saia energia, mas agora entrava a energia na vida dela. Foi tão grande a descarga de energia que o próprio Jesus testemunhou “alguém me tocou” .
Será que Jesus vai sentir hoje a mesma coisa? Será que ele vai dizer? “Alguém me tocou”. “Hoje alguém me tocou.”. Posso afirmar que Jesus está ansioso para que alguém lhe toque. Ela está ansioso que toquemos n’Ele hoje.
Tem outro caso muito interessante e engraçado em Marcos 2. Jesus está na casa dele em Cafarnaum, pregando para as multidões e um moço paralítico que é trazido de longe. As pessoas tentam levar o paralítico. Este paralítico era diferente daquele paralítico do poço que não tinha amigos. Esse tinha amigos, graças a Deus temos pessoas que nos ajudam a nos libertar de nossas cordas.
Você tem? Você é igual ao homem lá do poço ou igual a este? Aqueles homens não raciocinaram e decidiram: “nós temos que levar nosso amigo hoje custe o que custar”. Podiam ter deixado para o dia seguinte, quando Jesus desse uma folga para a multidão ou a multidão desse uma folga para Jesus.
Eles disseram, nós queremos hoje.
Pegam o homem, sobem no telhado da casa de Jesus.
Que ousadia subir no telhado da casa de Jesus! Não era telhado. As casa no oriente eram cobertas de madeira com um tipo de estuque em cima. Eles quebram o estuque, abrem a madeira e descem o paralítico. A decisão era essa “hoje esse homem vai sair daqui curado”.
Chamo isso de Ministério da Interseção. Aqueles homens estavam intercedendo. As vezes nós temos pessoas em nosso meio que já não têm forças para chegar em Jesus, mas tem amigos que as levam até Jesus.
Ah, não dá pra chegar! Se for preciso abrimos o telhado, quebramos laje, abrimos estuque, mas levamos essa pessoa ao Senhor Jesus. Estamos falando de pessoas que viviam atadas em cordas e decidiram, elas e seus amigos a romperem e serem libertas. Será que você tem alguém disposto a baixar você do telhado de Jesus? Porque tem gente que nos vê meio paralítico e dizem que dá muito trabalho, levar até em cima do telhado, prender o paralítico na cama, fazer roldanas, içá-lo, levá-lo até lá em cima, abri o teto.
Esse negócio de interseção dá muito trabalho. E outra coisa, e se ele não for curado. Além disso, tem o ridículo. Mais que o ridículo, o prejuízo de indenizar Jesus pelos danos na sua casa.
É mais fácil não orar. Podemos dizer: “Senhor Jesus, tem um homem aqui fora que é paralítico, o Senhor pode curar?”
Eles não procuraram saber se era da vontade de Jesus!
Não estavam querendo saber se era da vontade de Jesus! Jesus teria que curar o homem. Ou cura ou nós derrubamos o resto da laje, mas nós não vamos levar esse homem de volta para casa na cama. Esse homem vai conosco para casa curado.
Alguém mais se incomodou com as cordas daquele paralítico. Graças a Deus.
Tem pessoas que estão incomodadas com as suas cordas, ou você é o rapaz do poço?
Qual é o seu caso?
Amados, aqui há uma questão de mentalidade. Como é que nos vemos? E como nos sentimos com aquilo que vemos? Deu pra entender?.
Não olhe para o seu pé agora, mas verifique se você sente alguma corda te prendendo?
Como é que você se vê? Mas, Jamê, é uma corda tão bonitinha, já me acostumei com ela. Já faz quarenta e cinco anos que está aí.
Você pode até deixar essa corda ai, mas você não cresce, você não corre, você não caminha, você é o mesmo de dez anos atrás. O Senhor já não fala com você mais como falava no ano passado. Você não ora mais hoje como você orava a dez anos atrás. Você não tem revelações de Deus como você tinha antes. Você continua a mesma pessoa. Os mesmos vícios, mesmos defeitos, os mesmos pecados.
São cordas.
E aqui é uma questão de mentalidade. Como é que você se vê? Você está satisfeito com aquilo que você vê em você mesmo? Aqui é uma questão de preconceito, é uma questão de identidade, e uma questão de valores.
Quais são os seus valores? Isso que você faz hoje? A vida que você leva hoje? Em Efésios 5, quando o Senhor fala de uma Igreja transformada, a partir do verso 17 do capitulo 4, mostra um grupo de pessoas em processo de transformação. E quando Ele fala, “aquele que furtava, não furte mais, porém trabalhe”. Aqui o Senhor está falando duma questão de valores.
Qual é o valor do ladrão? É o dinheiro fácil pelo método fácil.
Qual é o valor do trabalhador? Trabalhar duro para alcançar aquilo que necessita.
É uma questão de valores. Se você achar que a interseção e a busca de Deus é algo muito difícil, você não vai fazer. É questão de valores. Agora, se você considerar que Deus tem para você uma vida melhor, uma vida santa, uma vida no ministério, uma vida na perfeita vontade de Deus e você acha que isso é realidade, com certeza você deixará o caminho fácil e entrar no trabalho duro com Deus. É uma questão de valores. Olhe para sua vida e veja quais são os seus valores.
Alguns de nós, acha que pode colocar vinho novo em odres velhos. Questão de valores. Está acostumado com aquele odre.
O odre era uma vasilha, uma bolsa, feita ou de bexiga de boi, estomago de camelo, curtido, curado e tratado e usado para colocar vinho novo. Acontece que o vinho novo fermenta e ao fermentar ele se expande e se o odre fosse bem tratado se expandiria pela expansão do vinho. Agora, se a pessoa tivesse um odre velho e colocasse vinho novo lá dentro, quando o vinho fosse se expandir por causa da fermentação o odre se romperia e se perderia o odre e também o vinho. É isso que Jesus disse “não se coloca vinho novo em odres velhos”.
Sabe qual é o nosso problema? É tentar colocar em nossa vida, tudo o que temos ouvido.
É tentar encaixar o que ouvimos da parte de Deus, na vida que temos. Achamos que dá para viver o que Deus tem nos falado no mesmo tipo de vida que temos. Sabe o que vai acontecer? A palavra que temos ouvido vai arrebentar conosco, pois ela fermenta. A palavra de Deus é comparada com vinho e com fermento. O problema hoje é uma questão dos odres que temos
Você gostaria hoje de apresentar seu odre ao Senhor? Senhor, o meu odre é velho, mas quem trabalha com odres sabe renová-los. Você poderá dizer: “Senhor o meu odre já se rompeu há muito tempo atrás, Senhor me dá um odre novo Senhor. Dá-me uma vasilha nova para conter tudo o que o Senhor tem me dado.”
Amados, não podemos perder as coisas que o Senhor tem nos falado. Não tente aplicar numa vida velha uma palavra nova. Remendo novo em pano velho faz romper ainda mais o pano velho. A palavra fala que aquele que está em Cristo é nova criatura, são odres novos, tecidos novos.
Somente numa vida nova pode conter vinho novo. Somente numa vida renovada pode ser colocado vinho novo.
Deus vai fazer o que for preciso para mudar a minha vida. Ele enviará provas, vai enviar tribulações, para produzir em nós uma renovação de vida. Você está disposto? É o que você quer?
Sinto que Deus tem nos dado muito vinho. Sinto que o vinho tem até nos afogado. Sinto que temos posto vinho até pelos ouvidos e narizes. Estamos nos embebedando, mas o vinho não está mudando a nossa vida. Deus vai trabalhar conosco, como pessoas e como congregação. Vai nos moer para renovar o odre. Você crê nisso?
Você já viu a mudança da lagarta para borboleta? A lagarta vem, fixa-se num determinado lugar de uma árvore, cria um casulo em torno de si, até que um dia esse casulo se rompe e sai dali uma borboleta. Se você por acaso chegar ali naquele casulo e abrir como é que é dentro, você mata a borboleta. O processo de saída do casulo é muito doloroso, porque ela vai se esticando ali dentro até rachar o casulo e finalmente a borboleta sai. Essa força que ela faz para quebrar o casulo é a força necessária para reforçar a musculatura de suas asas e depois poder voar como borboleta.
Tem pessoas pedindo a Deus que deseja ser como uma borboleta, só que eu não quero passar por provas. Eu quero ser borboleta, mas não quero problemas em minha vida. Eu quero ser borboleta, mas eu não quero me esforçar para ter uma vida santa e reta, não quero passar por tribulações. A minha bíblia diz que importa que “com muitas tribulações entremos no reino de Deus”.
Talvez, você muito piedoso, muito compassivo, muito misericordioso, chegue lá no casulo e ajude a borboleta e abra o casulo e diga à borboleta, “agora voe porque você já não tem mais o casulo para lhe aprisionar”.
Sabe o que você acabou de fazer? Você impediu a fase de reforçar a musculatura para que ela possa voar. Você sabe o que as lutas fazem? O que as provas fazem? As provas forjam o nosso caráter, firmam os nossos valores, fortalecem as nossas convicções e principalmente nos dão uma maior e mais profunda visão do nosso Deus.
O que é que prende você hoje? Deu para lembrar algumas coisas ai?
Eu sei que a tua fidelidade me leva mais além do que eu possa imaginar…
Amado, Deus lhe chamou em primeiro lugar para ser um filho de Deus. Em segundo lugar, Deus lhe chamou para ser um servo d’Ele. Em terceiro lugar, Deus lhe chamou para ser uma flecha polida. Deus lhe chamou para o seu Reino de Sacerdotes. Deus lhe chamou para fazer discípulos. Deus lhe chamou para ser pai e mãe de nações. Deus lhe chamou para revolucionar este mundo. Deus lhe chamou para mudar a vida de seus vizinhos, colegas de trabalho. Deus lhe chamou para trazer a vitória d’Ele sobre o mundo através de sua vida.
Deus lhe chamou para tudo isso. Qual é a sua decisão?
Ser livre completamente, ou continuar um elefante amarrado?.
“Que faremos à vista destas coisas, se Deus é por nós, quem será contra nós?”
Coloquemos diante do Senhor nossos fardos e nossas inquietações e as cordas que nos prendem servirão só pra lembrar que o Senhor é poderoso e que liberta. Que há libertação real no nome d’Ele.