“Aqueles que guiam este povo o desorientam, e aqueles que são guiados deixam-se induzir no erro. Por isso o Senhor não terá nos jovens motivo de alegria,…” Isaías 9:16. 17a – NVI

 

No dia 11 de abril de 2006, escrevi um texto comentando sobre os debates evangélicos nas rádios do Brasil:
“Um dia desses, um político convidou-me a participar de um debate que é transmitido por uma rádio FM do Rio de Janeiro. Na ocasião rejeitei o convite, alegando que a maioria dos debates evangélicos ao invés de cooperar com o Corpo de Cristo (Igreja), acaba prejudicando-o.
De vez em quando, alguma ovelha surpreende-me fazendo algum comentário de algo que aconteceu em uma das rádios do Rio de Janeiro.
Numa dessas ocasiões, alguém comentou-me que o tema do debate seria “Divórcio e Novo Casamento”. Assustei-me e confesso fiquei extremamente preocupado e pus-me a pensar: “se com temas mais tranqüilos as coisas perdem o rumo, imagine com um tema altamente polêmico como este. Onde estes amados chegarão? E não deu outra. Ao ouvir o debate, percebi a grande confusão em que aqueles líderes cristãos se envolveram, e o pior, como o povo de Deus rapidamente absorveu aquilo tudo.”
O meu cuidado em escrever, naquela ocasião, era mostrar aos irmãos como muitas vezes interpretamos e aceitamos os textos conforme a nossa “conveniência” e ensinamos e manifestamos posições com medo de sacrificarmos a nossa “popularidade”. Por exemplo: Naquele dia, os pastores defenderam a submissão às autoridades e suas leis, portanto, uma vez que a lei do divórcio no Brasil foi assinada, os crentes submissos à Palavra deveriam observar a lei. O debate estava neste pé: “Precisamos submeter-nos às autoridades, está escrito! Se o divórcio é lei, precisamos sujeitar-nos.” Outro disse: “Como pode alguém ensinar que é pecado divorciar–se e casar com outra, quando a nossa lei diz que podemos?” Um terceiro agrega: Aleluia, glória a Deus! (só faltaram as línguas estranhas).”
Eu não sei o que é pior, pensei comigo, construírem uma nova Babel ou falarem todos uma só língua chegando a um consenso equivocado. Logo descobri.
O que realmente aconteceu, foi mais trágico e catastrófico do que a confusão e dispersão babilônica, todos falaram uma única língua. Chegaram a um consenso POPULAR que contraria a Palavra de Deus, e mais, comunicaram o entendimento equivocado através das ondas de rádio alcançando milhares de cristãos.
Jesus ensinou o seguinte:
Mateus 5:32 “Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar-se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério.”
Mateus 19:9 “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério.”
Marcos 10:11 “E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela.”
Marcos 10:12 “E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério.”
Lucas 16:18 “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério.”
O profeta do Velho Testamento também deu o recado: “Porque o SENHOR, Deus de Israel, diz que odeia o repúdio e também aquele que cobre de violência as suas vestes, diz o SENHOR dos Exércitos; portanto, cuidai de vós mesmos e não sejais infiéis.” Malaquias 2:16
Algumas perguntas: “Se amanhã, uma lei federal fosse decretada, proibindo-nos falar, ensinar e pregar no Nome do Senhor Jesus, qual seria a nossa resposta?” Creio que a maioria responderiam: “Antes, importa obedecer a Deus do que aos homens.” (Atos 5:29b). Seria possível até que alguns fossem presos, todavia não deixariam de pregar o evangelho, assim como os apóstolos da igreja primitiva fizeram. Eu creio nisso. Glória a Deus!
Uma outra pergunta: “Poderia uma lei humana mudar um mandamento de Deus?” NÃO. Esta, provavelmente seria a resposta da maioria.
Se é assim que cremos, por que então há ensinamentos, que a igreja deva submeter-se a uma lei humana sobre divórcio e novo casamento, quando ela contraria um MANDAMENTO CLARO do Senhor Jesus Cristo?
Por que, quando o assunto é divórcio e novo casamento, a Lei 6.515 de 27 de dezembro de 1977, se não me falha a memória, tem mais força que Mateus 5:32, 19:9, Marcos 10:11 e 12 e Lucas 16:18?
Trazendo à memória – Daniel e seus companheiros, foram um exemplo claro sobre o que estou dizendo: Eram submissos às autoridades, mas quando as leis promulgadas por estas, feriram a Lei de Deus, estes amados preferiram enfrentar a morte. Daniel na cova dos leões e seus companheiros na fornalha de fogo. Foram homens sujeitos às autoridades constituídas, contudo comprometidos com Deus acima de tudo. Pois Deus é a autoridade máxima.
O céu governa sobre a terra e foi isso que o rei Nabucodonosor penosamente aprendeu.
Observemos que, os ensinos entre nós parecem que se submetem primeiro a POPULARIDADE e a CONVENIÊNCIA. Exemplos: No Novo testamento existem alguns mandamentos claros sobre submissão da esposa ao esposo como autoridade.
1 Coríntios 14:34 “conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar; mas estejam submissas como também a lei o determina.”
Efésios 5:22 “As mulheres sejam submissas ao seu próprio marido, como ao Senhor;”
Efésios 5:24 “Como, porém, a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas ao seu marido.” Grifo do autor
Colossenses 3:18 “Esposas, sede submissas ao próprio marido, como convém no Senhor.”
1 Pedro 3:1 “Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido, para que, se ele ainda não obedece à palavra, seja ganho, sem palavra alguma, por meio do procedimento de sua esposa,”
1 Pedro 3:5 “Pois foi assim também que a si mesmas se ataviaram, outrora, as santas mulheres que esperavam em Deus, estando submissas a seu próprio marido,”
Em um outro debate, com o tema sobre “submissão da esposa ao seu marido”, um teólogo, que não entendia bem a palavra submissão ou quem sabe pretendia “ficar bem com as irmãs”, defendeu o seguinte argumento: “Não, não é bem assim. Esse negócio de submissão é perigoso. Precisamos ver o contexto histórico e blá, blá, blá..”. Talvez, ele tenha imaginado, algumas mulheres ouvindo o debate na rádio, exatamente na hora de preparar o almoço, com a faca na mão…Ufa! Ainda bem que não estou lá. Neste caso, não é seguro e nem popular ensinarmos submissão à autoridade. Porque, no que se refere a divórcio e novo casamento, é “popular e conveniente” dizer que devemos submissão às autoridades. Já no caso da submissão das esposas aos seus maridos, devemos estudar melhor o contexto histórico. No primeiro caso, nós, os homens casados, em submissão à lei do homem, podemos divorciarmo-nos da mulher “rixosa” e casarmos com outra, mais jovem e “mais submissa.”
Por que estou mencionando este tema de 2006? Porque nestes dias eu vi como a POPULARIDADE e a CONVENIÊNCIA reinam sobre nós. A começar pela nossa liderança nacional, que no meio da maior crise buscou conselhos com “MARKETEIROS” ao invés de sábios e entendidos nos problemas da nação. Também assisti perplexo aquilo que eu chamei de o cúmulo da POPULARIDADE: O policial que levou dez pontos na cabeça, ao ser agredido durante as passeatas no Rio de Janeiro, declarou à imprensa que os seus agressores não sabiam o que estavam fazendo (nisso eu concordo), e que só o espancaram porque buscam um BRASIL MELHOR, assim como ele.
Aí eu não entendi nada!!! Pensei comigo: “Será que quando a polícia desce a borracha no cidadão pacato é porque está buscando um país melhor?”
Mas como Jesus não usou o seu azorrague nos palácios, mas nos templos, retorno à nossa miséria gospel. Estes dias estão provando os profetas do Deus Altíssimo. Tenho ouvido e lido coisas verdadeiras que procedem de Deus, mas também, tenho visto profetas com medo de sacrificarem a POPULARIDADE e por conta disso estão escrevendo e falando conforme “convém” para o momento.
“Aqueles que guiam este povo o desorientam, e aqueles que são guiados deixam-se induzir no erro. Por isso o Senhor não terá nos jovens motivo de alegria,…” Isaías 9:16. 17a – NVI
Em Cristo,
Sérgio Franco ><>
:: Fonte: servolivre.com

4 thoughts on “A Popularidade, a Conveniência e Seus Súditos!

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